30 de novembro de 2007

Fazes-me falta... tanta falta...


Ainda hoje choro por ti... mas ninguém sabe... ninguém consegue ver ou sequer sentir quando eu choro por ti.
Choro porque tenho tantas saudades, porque é tão difícil viver sem ti, porque eu não queria chorar por ti...A noite chega e o meu coração fica em pleno silêncio, porque sei que estou só...sem ti... E sei que quando a noite acabar e o sol entrar de novo pela janela vou continuar só...sem ti... mais um dia da minha vida em que tu não vais estar comigo.
Perdi o teu olhar, o teu sorriso, a tua voz, a tua doce companhia, as tuas histórias... e eu sinto-me tão sozinha.
Desculpa... eu não queria que me visses chorar..
Perdoa-me se falhei... Mas foi tão difícil ver-te partir e não poder fazer nada...
O pior é que no fundo nunca quis acreditar que algum dia pudesse ficar sem ti, e esse foi o meu maior erro...
Ainda hoje sinto tanto a tua falta...
fazes-me mesmo muita falta...


"Prefiro esquecer, esquecer-te até se preciso for, para viver como tu vivias, apreciando cada momento - sobretudo os dolorosos, pela lucidez que trazem como bónus - desta tão precária maravilha a que chamamos existência. Tantas vezes te aconselhei as virtudes do silêncio. Queria calar-te para te proteger, sim. Há poucas pessoas apetrechadas para a verdade - mesmo nós, quantas vezes não fechámos à chave umas verdadezitas mais cortabtes para não nos magoarmos? Creio que me fazes - schiuuu! - assim, com uma vagar de embalo, sempre que a voz da minha consciência ( seja lá isso o que for) sobe o tom para me acusar pelo que não te dei. Creio sem crer, como um condenado. Afinal de contas, não tenho nada a perder. Mesmo que os anjos não existam, as asas com que te vejo, sentada na beira da minha cama, do cume enlouquecendo da minha insónia, ficam-te melhor do que todas as toilettes. Esforço a imaginação, estendo-a até aos teus dedos, mas não consigo mais do que um ligeiro raçagar de asas. São lençóis que agito, bem sei - mas não me concederás a graça de transformar a fímbria do meu lençol na ponta dos teus dedos?" Excerto do livro de Inês Pedrosa, Fazes-me Falta

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